sábado, 30 de março de 2013

Capítulo 2 – I Need Someone Like You.





A viagem até que foi tranquila, assim que consegui um sinal, mandei uma mensagem pro celular do Chay. Preciso trocar de celular, como as pessoas daqui – meus futuros amigos – me ligarão? É, preciso trocar.
Pegamos o táxi até a Hill Park, onde fica a nossa nova casa. Estava viajando em meus pensamentos quando o carro parou. Havia um lindo bosque em frente de casa, e ela era grande, com 3 andares. Victor, meu pai, prometeu pra mim o último andar, inteiramente! Vou levando as caixas do caminhão de mudança pra dentro, todos fazem isso; em especial levo as do meu quarto e arrumo tudo do meu jeito. Agora tenho um andar pra mim, preciso decorá-lo do meu jeito. Depois eu decido as coisas que tenho que comprar, enquanto isso vou dar uma volta no bairro, respirar algo diferente do que caixas com poeira e madeira nova. Desço os lances da escada e procuro minha mãe, não a vejo, mas deve estar por aí, ajudando na mudança. Ao passar pela cozinha, vejo um envelope preto, em cima do balcão. Abra, abra: – sussurros em minha mente me obrigavam a olhar – e abri.
O convite da festa de apresentação do meu pai, onde ele seria anunciado ao seu novo cargo. Eu iria, fato. Mas eu não poderia ir com calça jeans e all star. E agora?


Adoro o vento em meu rosto, por mais frio que seja. Afinal de contas, o que isso ia mudar no meu ser? Nada, exatamente nada. Esse vento faz parte de mim, e é a única coisa boa que realmente eu tenho: o nada. Meus momentos são bons, e aqui, na Tower Bridge, é um dos poucos lugares que eu penso e sou quem devo ser. Aqui é o único lugar que eu vejo meus erros, que me sinto culpado pelas coisas que me causam. Apesar de não admitir, sei que erro muito. Ninguém precisa saber e ninguém vai. Será que posso colocar mais um na conta de quantas vezes eu pensei em me jogar daqui? A essa altura, a queda seria fatal. Sem volta, sem dor.
Chega desse pensamento, principalmente quando você sente algo vibrando no seu bolso – Será que ninguém vai me deixar em paz? – meu celular, maldito, por que toca logo agora?
– Arthur, sou eu Harry. – ótimo! Tudo que precisava era que ele me ligasse – Cara, vamos sair, todos juntos, você tá a fim? – como se ele não soubesse a resposta.
– Quem vai? – suspense sempre é bom.
– Eu, Sophia, Micael e Melanie: o pessoal de sempre. Vamos, cara, vai ser bom pra você.
– Bom pra mim? Como se algum de vocês fosse me dar um conforto e me matar...
– Já falei pra você que nunca vamos fazer isso. – ele me interrompeu brusca e friamente. – Você vai?
– Você acha que eu vou sair com vocês? Não.
Desliguei o telefone, sem dar chances de ele respirar. Sair com Harry e sua namoradinha e um casal a mais? De jeito nenhum. E se essa merda tocar novamente, eu jogo lá embaixo, simples.
Créditos: Fanfic Obsession.

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